30 janeiro 2014

[Resenha] Enders - Lissa Price

LIVRO: ENDERS
AUTORA: LISSA PRICE
EDITORA: NOVO CONCEITO
ANO: 2014
PÁGINAS: 288

SINOPSE:

Depois que a Prime Destinations foi demolida, Callie pensou que teria paz para viver ao lado do irmão, Tyler, e do amigo, Michael. O banco de corpos foi destruído para sempre, e Callie nunca mais terá de alugar-se para os abomináveis Enders. No entanto, ela e Michael têm o chip implantado no cérebro e podem ser controlados. Além disso, o Velho ainda se comunica com Callie. O pesadelo não terminou. Agora, Callie procura uma maneira de remover o chip - isso pode custar sua vida, mas vai silenciar a voz que fala em sua mente. Se continuar sob o domínio dos Enders, Callie estará constantemente sujeita a fazer o que não quer, inclusive contra as pessoas que mais ama. Callie tem pouco tempo. Obstinada por descobrir quem é de fato o Velho e desejando, mais que tudo, uma vida normal para si e para o irmão, ela vai lutar pela verdade. Custe o que custar.

RESENHA:

ATENÇÃO: ESSA RESENHA CONTÉM SPOILERS DO PRIMEIRO LIVRO, STARTERS

"Ele estava na minha cabeça outra vez, o Velho. Aqui, em minha própria casa. Eu não queria que ele visse nada pelos meus olhos. Era assustador demais"

Depois de Callie ter conseguido fechar a Prime Destinations, tudo o que ela busca é uma vida normal para ela e seu irmão. Porém isso não será possível, pois ela ainda continua com o chip na cabeça, o Velho pode entrar na sua mente e falar com ela, e para piorar, às vezes Callie tem certeza de ouvir a voz de seu pai. Ela e Michael passam a alimentar e ajudar Starters que vivem na rua. Depois de um acontecimento no shopping, Callie descobre que o Velho pode comandar todos os Metais (starters com chips), e usá-los a seu favor, não importando o preço que isso custe. Quando o Velho a ameaça e tenta capturá-la, ela é pega por um misterioso Starter de nome Hyden. E ela não sabe o que fazer, e nem em quem confiar.

"Ali estava eu, trancafiada outra vez (...) Estava muito longe do mundo exterior, longe de Tyler. Ele deveria estar preocupado comigo. Tudo isso deveria ter acabado quando o banco de corpos foi demolido. Achei que pudéssemos ter uma vida normal"

O que falar desse livro que acabei de conhecer mas já considero pacas? HAHAHAHAHA
Pois é, pessoal, depois de tanta espera finalmente teremos a tão aguardada continuação de Starters! E já vou logo avisando: você lerá esse livro MUITO RÁPIDO. Primeiro porque ele é mais curto que Starters, e segundo porque o ritmo dele é muito rápido, a leitura me prendeu muito, só não consegui terminar de lê-lo no dia em que comecei porque eu estou estudando, etc. Enfim, eu achei o livro muito bom, é cheio de ação, do começo ao fim, a Lissa continuou muito bem a história, principalmente não deixando faltar aquelas partes chocantes que todo mundo gosta. O dilema que ela cria sobre confiar ou não nas pessoas, deixa o leitor desconfiado, fazendo com que ele tenha vontade de terminar o livro logo, para descobrir se há revelações. Callie sofreu e ainda sofre muito, mas a coragem e a capacidade que ela tem de suportar tudo é incrível. O único problema desse livro é o final dele. Ficou corrido demais, a autora poderia ter desenvolvido melhor, ficou um pouco com ares de final aberto. Pode ser que a intenção da Lissa fosse deixar um final para que ela possa escrever uma continuação, que pra mim é o mais provável, mas quem sabe? Esse ponto é negativo e vai pesar um pouquinho na nota, mas não vai de maneira nenhuma desmerecer a grandeza do livro.
Sobre a edição física do livro: perfeita. A capa escolhida ficou linda, ela é toda metalizada, na frente e atrás, a diagramação é agradável, e não encontrei nenhum erro de digitação/tradução. Em suma, recomendo que corram para a livraria mais próxima para adquirirem seu exemplar e inciar a leitura desse ótimo livro. 


NOTA:

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23 janeiro 2014

[Resenha] A Culpa É Das Estrelas - John Green



LIVRO: A CULPA É DAS ESTRELAS
AUTOR: JOHN GREEN
EDITORA: INTRÍNSECA
PÁGINAS: 288
ANO: 2012

SINOPSE:

Os adolescentes Hazel e Gus gostariam de ter uma vida normal. Alguns diriam que não nasceram com estrelas, que o mundo deles é injusto. Os dois são novinhos, mas se o câncer do qual padecem ensinou alguma coisa, é que não há tempo para lamentações, pois, se aceitamos ou não, só existe o hoje e o agora. E assim, com a intenção de realizar o maior desejo de Hazel – conhecer seu escritor favorito – ambos cruzarão o Atlântico para uma aventura contra o tempo, tão cartático quanto devastador. Destino: Amsterdãm, o lugar onde reside o enigmático e mal- humorado escritor – a única pessoa que talvez possa ajudar-lhes a encaixar as peças do enorme quebra-cabeça onde se encontram.



RESENHA:

Há dias, muitos deles, em que fico zangada com o tamanho do meu conjunto ilimitado. Eu queria mais números do que provavelmente vou ter.

Hazel Grace - Só Hazel, por favor! -  tem 16 anos e há 3 anos luta contra um câncer terminal que, faz com que ela tenha que andar com um cilindro de oxigênio e uma cânula no nariz para conseguir respirar, o qual apesar de estar estabilizado e encolhendo, não lhe dara muitos anos de vida. Ela abandonou os estudos há algum tempo e passa as tardes assistindo America’s Next Top Model. Os médicos e sua mãe estão convencidos de que esteja deprimida, por passar muito tempo em casa pensando nos efeitos colaterais de se estar morrendo.
Sua rotina monótona muda quando, por insistência de sua mãe, ela vai à uma reunião de um Grupo de Apoio para jovens com câncer. Não era sua primeira vez, claro, mas era a do Augustus Waters. É neste dia que ocorre a reviravolta em sua vida, onde conhece Gus um jovem lindo e cativante, que perdeu uma perna por conta do câncer. Ele é amigo de Isaac, um menino que esta prestes a ficar cego com quem trocava suspiros irônicos durante as reuniões. Acabam se aproximando, e é claro que nasce um relacionamento real, com momentos fofos e aspectos dramáticos.  Em um aspecto eles dois são muito diferentes: Augustus teme o esquecimento e está desesperado por deixar uma marca no mundo. Hazel, por outro lado, não se importa com isso, ela acha que é uma bomba-relógio e que quanto menos pessoas ela machucar quando explodir, melhor. Além disso, ela vê o esquecimento como inevitável para todos.
Um dos únicos e preferidos passatempos de Hazel é o livro “Uma aflição Imperial” que termina no meio de uma frase, deixando muitas questões em aberto. O sonho da menina é conhecer o autor e descobrir o que aconteceu – só assim sua vida poderia seguir completa.  Ela escreve diversas vezes cartas para o autor, mas ele nunca respondeu. Com um empurrãozinho da doença, Hazel e Gus partem em uma aventura para encontrar Van Houten, o autor. E juntos eles vão se apaixonando e aproveitando o pequeno infinito que a vida lhes reserva.

“… Às vezes, um livro enche você de um estranho fervor religioso, e você se convence de que esse mundo despedaçado só vai se tornar inteiro de novo a menos que, até que, todos os seres humanos o leiam…”

Comecei lendo esse livro na curiosidade e com altas expectativas, de acordo de como foi idolatrado por tantas pessoas, e acho que por conta disto me decepcionei por estar esperando algo arrebatador. Mas ele conseguiu mexer comigo não só pela situação que aqueles jovens – Hazel, Gus, Isaac e todos os outros- vivem, mas também de seus familiares e todos ao redor. Foi uma leitura que me cativou, de certo modo, e é uma leitura intensa. John Green me pegou completamente desprevenida, assim como deve ter feito com a maioria de seus leitores, com umas das melhores reviravoltas que já li. Realmente não esperava o que ele fez.  Mas sabia que aconteceria, isso precisava ser feito. Pacientes terminais morrem. É a vida. É a crueldade do destino. A culpa é das estrelas.

Sobre a edição física, pouco pode ser dito: A diagramação é normal, não encontrei erros de digitação/tradução, as folhas são papel pólen e a capa é muito bonita

Em suma, gostei muito do livro. E para amantes de histórias de amor dramáticas, bem escritas e envolventes esse livro é uma ótima opção. Aconselho para que não sigam meu exemplo de irem com muita sede ao pote, hahah, vão com calma e sem expectativas. Deixem Hazel, Gus e John Green surpreenderem vocês!


Por Ayumi

21 janeiro 2014

[Resenha] Desaparecido Para Sempre - Harlan Coben

LIVRO: DESAPARECIDO PARA SEMPRE
AUTOR: HARLAN COBEN
EDITORA: ARQUEIRO
PÁGINAS: 320
AN0: 2010

SINOPSE:
No leito de morte, a mãe de Will Klein lhe faz uma revelação: seu irmão mais velho, Ken, desaparecido há 11 anos e acusado do assassinato de sua vizinha Julie Miller, estaria vivo. Embora a polícia o considere um fugitivo, a família sempre acreditou em sua inocência. Ainda aturdido por essa descoberta e tentando entender o que realmente aconteceu com seu irmão, Will se depara com outro mistério: Sheila, seu grande amor, some de repente, e o FBI suspeita do envolvimento dela no assassinato de dois homens. Apesar de estarem juntos há quase um ano, Sheila nunca revelou muito sobre o seu passado. Enquanto isso, Philip McGuane e John Asselta, dois criminosos que foram amigos de infância de Ken, passam inexplicavelmente a rondar a vida de Will. Para descobrir a verdade por trás desses acontecimentos, ele conta apenas com a ajuda de Squares - seu colega de trabalho em uma fundação de assistência a jovens carentes e proprietário de uma escola de ioga famosa entre as celebridades, o que lhe garante acesso a topo tipo de pessoas e de informações.


RESENHA:

"No fim, a mais desagradável das verdades é preferível à mais bela mentira"

Vivo. É o que a mãe diz pra Will pouco antes dela morrer: que seu irmão Ken está vivo. Will acha que é um delírio da mãe, até que ele e sua namorada Sheila, uma mulher que não gosta de falar sobre seu passado (meio estranho isso, não? Acho que o amor é cego), encontram uma foto recente de Ken, o que acende as esperanças de Will. Seu irmão não estava morto e provavelmente nunca fora o culpado pelo assassinato de sua vizinha, Julie Miller. Mas quando Will quer investigar, Sheila o abandona misteriosamente. E pra piorar, impressões digitais de Sheila foram encontradas na cena de um crime no Novo México. Will se sente desolado, e pede ajuda a seu amigo e companheiro de trabalho Squares, também dono de uma famosa escola de Ioga, o que permite que ele conheça muitas pessoas e consiga informações. Will e Squares trabalham na Covenant House, uma instituição que ajuda jovens das ruas, fornecendo comida e abrigo a eles. Quando começam a investigar, Will descobre que está sendo vigiado por Philip McGuane e John Asselta, amigos de infância de Ken, mas que agora são grandes criminosos, que também estão em busca de Ken. Will e Squares começam a procurar informações sobre o passado de Sheila, e descobrem que ela era uma menina das ruas, trabalhava como prostituta. Conversam com um travesti, chamado Rachel/Roscoe que os ajuda a conseguir algumas pistas, como por exemplo, para quem Sheila trabalhava. Aos poucos, as peças desse enorme quebra-cabeças vão se revelando, e cada vez menos elas parecem se encaixar, afinal, o desaparecimento de Sheila, de Ken e a busca da polícia e dos criminosos por Ken, são fatos interligados. A investigação começa a ficar mais intensa depois que uma personagem é encontrada morta. Muitas mentiras e máscaras revelam que não se pode confiar em ninguém, e que nem sempre as descobertas serão agradáveis.

Para quem não sabe, eu sou aquele fã fanático pelos livros do autor Harlan Coben. Já li vários livros dele, e pra mim, o "mestre das noites em claro" é um gênio. Essa semana eu resolvi ler um livro dele e o escolhido foi Desaparecido Para Sempre. A diferença entre esse e os outros que eu já li, é que nesse não descobrimos o esquema do mistério no final, e sim faltando umas 65 páginas para concluir o livro, e eu achei isso muito legal porque eu fiquei com aquela sensação de "Nossa, será que é isso, agora só falta pegar e prender o bandido e pronto? Ou será que é uma peça que o autor nos prega?" Mas como sempre, Harlan nos surpreende no final - final que até, digamos, me comoveu, hahaha. A escrita do autor, apesar de ser bem descritiva, como todo livro policial deve ser, não é cansativa de modo algum. Esse tipo de livro flui rápido, pois deixa o leitor ávido para encontrar mais e mais descobertas. Uma coisa que eu acho bem legal nos livros do Harlan é que ele coloca personagens de um livro em outros, e no caso de Desaparecido Para Sempre, a personagem que aparece nele e em outros livros é a ácida advogada Hester Crimstein (eu adoro ela, e eu acho que todos os advogados do mundo gostariam de ser tão bom quanto ela). Por fim, os livros do autor não são apenas livros de investigação policial, mas mostram também os conflitos que existem entre famílias, e os sentimentos que os envolvem.

Sobre o livro físico, segue o mesmo padrão de todos os livros do Harlan Coben: Diagramação comum, folhas amareladas, capa com letras em auto-relevo, etc. Esse livro tem duas capas, embora uma delas não está em circulação. A capa nova é linda, acho que é a mais bonita de todos os livros do Coben, a ed. Arqueiro caprichou, mas acho que não combina tanto assim com a história.

Enfim, eu amei o livro, achei um dos melhores do Harlan Coben (acho que só perde pra Cilada, que é meu favorito) e recomendo a todos!

CAPA ANTIGA:
















12 janeiro 2014

[Resenha] Psicose - Robert Bloch

LIVRO: PSICOSE
AUTOR: ROBERT BLOCH
EDITORA: DARKSIDE
ANO: 2013
PÁGINAS: 240

SINOPSE:


Livro que deu origem ao mais famoso filme de suspense de todos os tempos. Psicose conta a história de Marion Crane, que foge após roubar o dinheiro que confiado a ele depositar num banco.Ela então vai parar no Bates Motel, cujo proprietário é Norman Bates, um homem atormentado por sua mãe controladora. Belo suspense, de tirar o fôlego!

RESENHA:


"Então havia apenas uma voz. E isso era certo, pois havia apenas uma pessoa na sala. Sempre tinha havido uma só pessoa - e apenas uma."


Mary Crane, uma jovem funcionária, se vê tentada quando seu patrão lhe confia o depósito de 40 mil dólares, e foge levando consigo o dinheiro rumo à casa de seu noivo, Sam Loomis, com a intenção de ter uma nova vida ao lado dele. No caminho a garota se sente cansada e se hospeda num velho motel familiar, o Motel Bates, gerenciado por um tímido e misterioso rapaz, Norman Bates e sua mãe Norma, uma mulher  que, segundo a descrição do filho, é muito doente e que passa muito tempo em casa, e Norman se dedica integralmente a ela e ao motel, por isso ele nunca teve tempo para relacionamentos e para uma vida real fora do motel.
Mary vai descansar e acaba se arrependendo do desfalque que fez à empresa e então resolve tomar um banho, e neste momento é atacada pela figura de uma mulher.
Após uma semana, Mary Crane é considerada desaparecida; seu noivo Sam, sua irmã mais nova Lila e um detetive contratado pela empresa que a jovem trabalhava, partem em sua busca, mas o que eles não imaginam é que, em meio de tantas reviravoltas, segredos e mentiras, um final terrível os aguarda nesta jornada. 


Psicose é o livro que inspirou o filme de mesmo nome do cineasta Alfred Hitchcock. O livro físico possui duas versões (uma de capa dura e outra brochura); a diagramação é perfeita e não encontrei erros de digitação. Minha sincera opinião sobre o livro é que ele é ótimo, a história parece simples, porém sendo bem analisada percebe-se que há uma grande complexidade em seus personagens, em especial Mary Crane, pois ela apresenta um grande conflito moral diante do fato de se apoderar ou não do dinheiro, e o personagem Norman Bates, que tem um conflito interno muito mais complexo e que se exterioriza de um modo assustador. A narrativa é rápida e nada cansativa, o gênero de suspense e terror envoltos no livro faz dele fascinante bem como a sua análise indireta da psique humana. A psicose faz com que a pessoa mate não por satisfação, mas por patologia e é essa a grande discussão escondida no livro. Pra quem gostou do filme, vale a pena conferir o livro!


Confira algumas fotos do livro:




Por Marina

09 janeiro 2014

RESENHA: DIAS DE SANGUE E ESTRELAS

LIVRO: DIAS DE SANGUE E ESTRELAS
AUTORA: LAINI TAYLOR
EDITORA: INTRÍNSECA
ANO: 2013
PÁGINAS: 447

SINOPSE: 
Karou, uma estudante de artes plásticas e aprendiz de um monstro, por fim encontrou as respostas que sempre buscou. Agora ela sabe quem é — e o que é. Mas, com isso, também descobriu algo que, se fosse possível, ela faria de tudo para mudar: tempos atrás Karou se apaixonou pelo inimigo, que a traiu, e por sua culpa o mundo inteiro foi punido.

Na deslumbrante sequência de Feita de fumaça e osso, ela terá que decidir até onde está disposta a ir para vingar seu povo. Dias de sangue e estrelas mostra Karou e Akiva em lados opostos de uma guerra ancestral. Enquanto os quimeras, com a ajuda da garota de cabelo azul, criam um exército de monstros em uma terra distante e desértica, Akiva trava outro tipo de batalha: uma batalha por redenção... por esperança. Mas restará alguma esperança no mundo destruído pelos dois?

RESENHA:

ATENÇÃO, ESTA RESENHA CONTÉM SPOILERS DO PRIMEIRO LIVRO, FEITA DE FUMAÇA E OSSO.

"Era uma vez uma garota que vivia em um castelo de areia, onde fazia monstros e os enviava por uma fenda no céu"

Marrocos. Esse é o lugar onde Karou está. Mais precisamente em um castelo de areia. Depois de descobrir que seu povo foi exterminado pelos anjos, e só restaram alguns quimeras, entre eles Thiago, o Lobo Branco, Karou é obrigada a ocupar a função de Brimstone e ser a nova ressureicionista. Obedecendo as ordens de Thiago, ela cria novos corpos para soldados, arescentando-lhes asas, o que é de grande ajuda para combater os serafins. Em Eretz, os anjos comemoram a vitória sobre o povo quimera, mas inexplicavelmente alguns anjos começam a morrer, e o sangue deles serve como tinta para mensagens ameaçadoras contra os serafins. A partir daí, o livro descreve batalhas de anjos e quimeras. Akiva tenta salvar alguns grupos de quimeras, e seus irmãos começam a pensar como ele, ajudando-o. Além dos ataques dos Quimeras e Serafins, o imperador Joram declara guerra a outra tribo de Serafins, os Stelians. Akiva é descendente deles, pois sua mãe era uma Stelian. De uma maneira peculiar, os Stelians recusam a guerra e isso deixa Joram furioso. Como se não bastasse tudo isso, Zuzana e Mik resolvem ir atrás de Karou depois de uma mensagem que ela envia para eles. Karou está cansada, pois na maioria das vezes ela é quem tem que pagar o dízimo de dor para ressucitar os quimeras. Com a chegada de seus amigos, ela fica mais feliz, além de agora ter a ajuda de Zuzana. Mas eles não podem continuar ali, pois Karou sabe que Thiago tentará matar os dois.
No segundo volume da saga que teve início em Feita de Fumaça e Osso, Laini mostra que além dos conflitos com o inimigo, o próprio povo tem suas desavenças, e que todas as ações tem consequências, que podem ser graves. O sonho de Karou e Akiva, ainda que eles não tenham mais contato, se mantém vivo, crescendo cada vez mais. Resta saber se é um sonho que se tornará realidade.

"— Senhor — implorou, esquecendo-se da repreensão de Liraz — quando isso tudo vai acabar?
Nunca, pensou Akiva (...) Imaginou dois futuros para Eretz: um como Joram queria, e  outro, como poderia ser. Um tipo diferente de vida"


Antes de ler o livro, eu li várias resenhas sobre ele, e quase todas eram resenhas negativas. Entretanto, eu achei o segundo volume muito melhor que o primeiro. Dias de Sangue e Estrelas deixa de ser aquela história fantástica para adolescentes e se torna uma história mais séria, sobre guerra e esperança, nos passando a mensagem de que a esperança pode mudar a realidade. O livro conta tudo o que aconteceu com os quimeras e como eles foram destruídos, e todas as rivalidades existentes na trama. Quase não tem romance comparado ao primeiro livro. Encontrei um ponto negativo na narrativa: Zuzana e Mik resolvem procurar por Karou, de uma hora pra outra. É meio estranho pois como dois adolescentes do nada resolvem viajar para o Marrocos? E os pais deles? Mas isso não impede da história ser boa. O final de DDSEE é bem mais chocante que o final de FDFEO, e podemos esperar que o terceiro livro alcance um novo patamar. Sobre a edição, segue o mesmo padrão de "Feita", com efeito metalizado na capa, diagramação normal e sem erros de digitação. Embora ele tenha umas 80 páginas a mais que o primeiro, vale a pena ser lido. Mal posso esperar pelo terceiro!

NOTA:

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03 janeiro 2014

RESENHA: GAROTA, INTERROMPIDA - SUSANNA KAYSEN

LIVRO: GAROTA, INTERROMPIDA
AUTORA: SUSANNA KAYSEN
EDITORA: ÚNICA
ANO: 2013
PÁGINAS: 190

SINOPSE:

Quando a realidade torna-se brutal demais para uma garota de 18 anos, ela é hospitalizada. O ano é 1967 e a realidade é brutal para muitas pessoas. Mesmo assim poucas são consideradas loucas e trancadas por se recusarem a seguir padrões e encarar a realidade. Susanna Keysen era uma delas. Sua lucidez e percepção do mundo à sua volta era logo que seus pais, amigos e professores não entendiam. E sua vida transformou-se ao colocar os pés pela primeira vez no hospital psiquiátrico McLean, onde, nos dois anos seguintes, Susanna precisou encontrar um novo foco, uma nova interpretação de mundo, um contato com ela mesma. Corpo e mente, em processo de busca, trancada com outras garotas de sua idade. Garotas marcadas pela sociedade, excluídas, consideradas insanas, doentes e descartadas logo no início da vida adulta. Polly, Georgina, Daisy e Lisa. Estão todas ali. O que é sanidade? Garotas interrompidas.

RESENHA:

Susanna Kaysen é uma jovem de 18 anos, que após uma consulta médica se vê entrando em um táxi a caminho do hospital psiquiátrico McLean, onde ficaria como interna por dois anos. É interessante perceber é até a própria Susanna deixa claro no livro, já que se trata de um livro de memórias, um livro autobiográfico, que seu estado mental instável é até um produto da situação social que esta se formando, da maneira como a mulher esta sendo vista e esta se vendo na vida social.
O livro inspirou o filme de mesmo nome, sendo os dois bem complexos no seu interior, até porque se trata de histórias verdadeiras, de problemas verídicos.Foi escrito somente em 1993, até para que a autora pudesse digerir melhor sua situação. O livro físico é pequeno e a leitura é bem fácil e rápida, até divertida, portanto perca seu preconceito com biografias, pois esta vale a pena.
É interessantíssima a parte da narrativa onde ela nos descreve como é pensar e chegar perto do suicídio, ela tenta o suicídio tomando 50 aspirinas, mas esta reflexão só chega a ela quando pensa em uma colega interna que ateou fogo ao próprio corpo; ela questiona o passou na cabeça dela entre a hora de acender o fósforo e antes, de só pensar em fazer  este ato.
Para dar mais vivacidade a narrativa ela nos apresenta prontuários médicos, guias de internação e outros laudos. Susanna foi diagnosticada com transtorno de personalidade e foi internada voluntariamente, passou doi anos no McLean, onde no livro nos conta sobre suas colegas, suas reflexões sobre os dois anos que não teve por estar internada e sobre os limites da sanidade.
O livro físico é bem pequeno, o que faz da leitura bem rápida. A minha sincera opinião sobre o "Garota, Interrompida" é que este é um livro excelente, super diferente, até mesmo o tom de biografia é diferente nele e acima de tudo o mais interessante do livro é a abordagem sobre a psique humana. 

"As que se comportam "normalmente" suscitam uma pergunta incômoda:" Qual é a diferença entre aquela pessoa e eu?", que leva a questão: " O que me impede de estar no hospício?".Isso explica a utilidade dos estigma.Algumas pessoas se assustam mais que outras. "Você passou quase dois anos em um hospício! Por que diabos foi para lá? Não acredito!". Tradução: se você é louca, eu também sou;e, como não sou,deve ter havido algum equívoco. "Você passou quase dois anos em um hospício? Qual era o seu problema?".Tradução: preciso saber dos detalhes da sua loucura para ter certeza de que não sou louco. "Você passou quase dois anos em um hospício? Hummm. E quando foi isso?". Tradução: Você ainda é contagiosa?"

NOTA:



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Por Marina



RESENHA: FEITA DE FUMAÇA E OSSO - LAINI TAYLOR

LIVRO: FEITA DE FUMAÇA E OSSO
AUTORA: LAINI TAYLOR
EDITORA: INTRÍNSECA
ANO: 2012
PÁGINAS: 384

SINOPSE:

Pelos quatro cantos da Terra, marcas de mãos negras aparecem nas portas das casas, gravadas a fogo por seres alados que surgem de uma fenda no céu. 
Em uma loja sombria e empoeirada, o estoque de dentes de um demônio está perigosamente baixo.
E, nas tumultuadas ruas de Praga, uma jovem estudante de arte está prestes a se envolver em uma guerra de outro mundo.
O nome dela é Karou. Seus cadernos de desenho são repletos de monstros que podem ou não ser reais; ela desaparece e ressurge do nada, despachada em enigmáticas missões; fala diversas línguas, nem todas humanas, e seu cabelo azul nasce exatamente dessa cor. Quem ela é de verdade? A pergunta a persegue, e o caminho até a resposta começa no olhar abrasador de um completo estranho.


RESENHA:

"Era uma vez duas luas, que eram irmãs. Nitid era a deusa das lágrimas e da vida, e o céu era dela. Ninguém adorava Ellai, a não ser os amantes secretos."

Karou é uma estudante de artes plásticas. Ela tem um dom magnífico para desenhar, e todas as pessoas da escola onde ela estuda admiram seus desenhos. Na maioria das vezes, desenhos de monstros. Mal sabem eles que todos aqueles monstros são reais, e que juntos, formam a família de Karou. São chamados de quimeras, e Karou foi criada por eles desde pequena. Embora ela tenha a vida normal de um humano, é uma garota um tanto diferente, pois seu cabelo nasce azul, e Brimstone, o "quimera-chefe" de sua família está sempre mandando ela em missões - missões em busca de dentes - e Karou sempre tem que dar desculpas a seus amigos.  O livro começa com Karou aprontando com seu ex-namorado, Kaz, que não a deixa em paz. Todo o início parece uma história de uma adolescente e seus problemas, mas na medida que o livro avança, a autora apresenta os quimeras, e a relação de Karou com eles. Ela sempre quis saber para que servem os dentes que ela busca, mas Brimstone nunca revela. Até que um dia Karou tenta descobrir sozinha, e o que ela encontra a deixa surpresa. Havia algo muito maior naquilo tudo. Um segredo que poderia colocar todos os quimeras em risco. Quando Brimstone descobre que Karou o desobedeceu, fica furioso e a expulsa de casa. E então entram os anjos na história. Assim como existem os quimeras, existem os anjos, que são inimigos há muito tempo. Para Karou entrar em sua "casa" é necessário passar por um portal, e a notícia de que anjos estão queimando e fechando portais pelo mundo se espalha entre os quimeras. O que Karou não sabia é que um anjo fechou o portal para sua casa e agora ela está sozinha. E o que ela também desconhecia, é que ela se apaixonaria por esse anjo. E pra piorar, essa paixão pode dar início a um novo sonho de esperança. Ou seria pesadelo?

"— A guerra é tudo o que nos ensinaram, mas há outras maneiras de se viver. Podemos descobri-las, Akiva. Podemos inventá-las. Isto aqui é o começo. (...) Nós somos o começo."

Quando eu comecei a ler Feita de Fumaça e Osso, parecia um livro bobo para adolescentes. Eu achei que não conseguiria lê-lo por inteiro. Mas as coisas mudaram com a entrada de Akiva na história, o anjo por qual Karou se apaixona. A partir desse ponto, o livro transmite ideais sobre esperança, paz e amor, em meio a tanta guerra, fazendo com que o leitor reflita. O mistério sobre Karou vai se revelando aos poucos, e eu comecei a agilizar a leitura para saber logo qual era o grande desfecho. E que desfecho! Só me fez ficar com vontade de correr para a estante e começar a ler a continuação ("Dias de Sangue e Estrelas"). O livro é narrado em terceira pessoa, e é uma narrativa rica em detalhes. Sobre o livro, a Editora Intrínseca fez um belo trabalho. A capa do livro tem um efeito metálico brilhante, que chama a atenção, o livro tem folhas amareladas, a diagramação está tudo ok,  não encontrei erros de tradução ou digitação, e ele fica lindo na estante. 

NOTA:



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